Eu prometi que continuaria sendo eu mesma. Ele jamais me mudaria, jamais arrancaria de mim meu coração e meus pensamentos e minhas opiniões e me transformaria em uma comum, mais uma namorada gente boa que faz tudo pelo namorado só para o danadinho tirar a toalha molhada de cima da cama gentilmente ao ser requisitado.
Mas o fato, ah, meus amigos, o fato é que eu acabei sucumbindo. Sucumbi ao meu maior asco, o maior motivo de reclamações com os meninos da faculdade, aquele assunto que eu abomino e que não acredito que qualquer pessoa com o mínimo de amor próprio tem o disparate de conversar sobre. Devo, portanto, me explicar perante meu relativamente fiel público do último ano, para não perdê-los e nem ficar desacreditada.
Não era pouca coisa, vejam bem. Era briga de cachorro muito grande. O pobrezinho estava tremendo de nervoso e excitação, embrulhado que nem criança naquele tecido amarelo, branco e vermelho, como se soubesse do que iria acontecer mas ainda assim torcesse para o melhor. Me olhava ansioso enquanto eu cozinhava, ia toda hora para a cozinha para ver se o molho estava pronto. Assim que derramei a massa vermelha cuidadosamente preparada e congelada por minha mãe em cima do miojo imaculado, ele agarrou minha mão e me levou correndo para a frente da televisão, já sofrendo porque o time do coração já levara um gol.
Pronto, contei. No sábado passado eu vi um jogo de futebol do começo ao fim. Torcendo em solidariedade ao namorado entrando em desespero a cada gol que aquele goleiro incompetente levava, e ao mesmo tempo tentando reconfortá-lo. Fiz coro às suas reclamações, falando coisas horríveis sobre a mãe do juiz, sobre o sorriso amarelo e indecente do técnico do time, sobre o jogador agressivo e inútil que acabou fazendo o gol de honra, sobre minhas dúvidas quanto à heterossexualidade dos jogadores do time adversário. Ah, sim, eu fiquei nervosa, apertei forte a mão dele a cada chute a gol e quis quebrar a televisão quando o goleiro deixou passar uma, duas, três, quatro bolas.
Sim, pessoal, eu fiquei bastante próxima à histeria em um jogo de futebol.
E 2009 não é ano de Copa.
Mas não se desesperem! Eu ainda detesto futebol, prometo. Vou sempre revirar os olhos com esse papo de Ronaldo Corinthians Flamengo Verdão e sei lá mais o quê. Ainda vou assistir histericamente aos jogos da Copa, tendo minha dose de futebol mais que suficiente para quatro anos. Só não garanto que não vou mais torcer para o time do namorado de vez em quando.
Porque agora ver o coitadinho sofrendo sozinho e desamparado, sem colo (sim, por onze caras correndo atrás de uma bola), é que arranca meu coração.
Mas o fato, ah, meus amigos, o fato é que eu acabei sucumbindo. Sucumbi ao meu maior asco, o maior motivo de reclamações com os meninos da faculdade, aquele assunto que eu abomino e que não acredito que qualquer pessoa com o mínimo de amor próprio tem o disparate de conversar sobre. Devo, portanto, me explicar perante meu relativamente fiel público do último ano, para não perdê-los e nem ficar desacreditada.
Não era pouca coisa, vejam bem. Era briga de cachorro muito grande. O pobrezinho estava tremendo de nervoso e excitação, embrulhado que nem criança naquele tecido amarelo, branco e vermelho, como se soubesse do que iria acontecer mas ainda assim torcesse para o melhor. Me olhava ansioso enquanto eu cozinhava, ia toda hora para a cozinha para ver se o molho estava pronto. Assim que derramei a massa vermelha cuidadosamente preparada e congelada por minha mãe em cima do miojo imaculado, ele agarrou minha mão e me levou correndo para a frente da televisão, já sofrendo porque o time do coração já levara um gol.
Pronto, contei. No sábado passado eu vi um jogo de futebol do começo ao fim. Torcendo em solidariedade ao namorado entrando em desespero a cada gol que aquele goleiro incompetente levava, e ao mesmo tempo tentando reconfortá-lo. Fiz coro às suas reclamações, falando coisas horríveis sobre a mãe do juiz, sobre o sorriso amarelo e indecente do técnico do time, sobre o jogador agressivo e inútil que acabou fazendo o gol de honra, sobre minhas dúvidas quanto à heterossexualidade dos jogadores do time adversário. Ah, sim, eu fiquei nervosa, apertei forte a mão dele a cada chute a gol e quis quebrar a televisão quando o goleiro deixou passar uma, duas, três, quatro bolas.
Sim, pessoal, eu fiquei bastante próxima à histeria em um jogo de futebol.
E 2009 não é ano de Copa.
Mas não se desesperem! Eu ainda detesto futebol, prometo. Vou sempre revirar os olhos com esse papo de Ronaldo Corinthians Flamengo Verdão e sei lá mais o quê. Ainda vou assistir histericamente aos jogos da Copa, tendo minha dose de futebol mais que suficiente para quatro anos. Só não garanto que não vou mais torcer para o time do namorado de vez em quando.
Porque agora ver o coitadinho sofrendo sozinho e desamparado, sem colo (sim, por onze caras correndo atrás de uma bola), é que arranca meu coração.
2 comentários:
"Porque agora ver o coitadinho sofrendo sozinho e desamparado, sem colo (sim, por onze caras correndo atrás de uma bola), é que arranca meu coração."
Pura poesia!
Gosta de futebol sim, que eu agora sei. :P
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